4 de dezembro de 2011

Sementes no papel

Esse ano, participei de um congresso (aqui em Porto Alegre), cujo tema era inovação. E fiquei surpresa ao ver toda a preocupação ecológica envolvida! Havia pouco papel impresso; a maioria era digital. A bolsa, onde estava o guia sobre o evento, era também utilizada como porta-crachá - possuía um bolso frontal, transparente. E o crachá, então, era de papel semente!

Peraí, o que? Papel semente?


É! Tá vendo o que tá escrito no crachá, no lado direito? "Este crachá é feito de papel semente. Após o uso, plante-o em terra fértil e dele nascerão flores". Mas.. como? Foi então que fui pesquisar, e descobri como ele é feito: sementes de diversas plantas (erva-doce, camomila, agrião, rúcula, manjericão, boca de leão, cravinho da índia...) são adicionadas à massa do papel artesanal e reciclado. Se esse papel encontra terra fértil, ele se decompõe e germina! A condição para a semente brotar neste papel é que ela tem que ser pequena e resistente - por isso, a preferência pelas plantas citadas ali em cima.

A empresa Papel Semente, do Rio de Janeiro (uma das primeiras a trabalhar como este material) ensina como deve ser feito o plantio:


E lá fui eu plantar meu crachá! Seguindo os passos, piquei o papel e o molhei:


Depois, coloquei em um um vasinho improvisado, com uma camada fina de terra por cima:


Então, os "vasinhos" foram parar no meu cantinho das plantas, junto com minhas suculentas. Agora é só esperar cerca de 15 dias (regando diariamente e cuidando com muito carinho) para ver as primeiras plantinhas nascendo!



Com este papel, podem ser feitos cartões, convites, envelopes, marcadores de página... Além de poético - ver brotar a "vida" de um simples papel - este produto pode evitar o acúmulo de papéis que, após algum tempo, tornam-se inúteis. Bom mesmo seria se todo papel jogado por aí virasse uma linda planta!

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