21 de setembro de 2011

Malas prontas de novo...

E novamente para o Rio!
Desta vez, com uma missão diferente: curtir a banda mais apimentada de todos os tempos, Red Hot Chili Peppers, no Rock in Rio. Shows, música, viagem e paisagens maravilhosas nos enchem sempre de boas referências e inspiração, além das boas ideias de design que postamos aqui. Quem não se sente mais a vontade, até mesmo para trabalhar e projetar, com uma boa música ao fundo...
Para os fãs, como nós, e também para quem ainda não escutou, aí vai um dos últimos sucessos da banda:




18 de setembro de 2011

Clássico + clássico = renovação

De volta às boas lembranças que trouxemos do N Design Rio 2011...

Aprendemos que existem projetos de design que não precisam ser necessariamente inovadores, mas sim voltados à atualização formal dos produtos, dando uma cara contemporânea para as boas ideias consideradas ultrapassadas, antigas, porém que sempre funcionaram.

Podemos chamar isso de "contemporaneização dos produtos", pois renova a utilidade dos objetos através de uma reinterpretação formal ou funcional - no primeiro caso, estudando maneiras de rearranjar a forma no contexto atual, experimentando e criando novas possibilidades; e no segundo caso, modificando a função do produto para que atenda uma nova ou outra necessidade.

E isso é bom?

Tem tanta coisa útil esperando para ser aproveitada, entretanto nem sempre está inserida no seu contexto, no cenário. A contemporaneização dos objetos ajuda a resgatarmos aquilo que há de bom nos produtos antigos, aproximando-os do nosso cotidiano.

Quem nos ajudou a refletir sobre tudo isso foram os designers Pedro Moog e Leonardo Lattavo, da Lattoog, especialistas em design de mobiliário. Durante o evento no Rio, participamos de uma trinca onde os rapazes nos apresentaram a brilhante Série Viralata, uma coleção composta por diversas peças que são resultado da fusão de outros móveis, em um processo ininterrupto de “cruzamentos” entre móveis e objetos que geram terceiras criações. Segundo eles, o conceito da série apresenta referências fortes às raízes e cultura brasileira: miscigenação, sincretismo e "vira-latismo".

Série "Vira-Lata". Fonte: Lattoog

Com o conceito indiscutivelmente bem aplicado - de maneira muito divertida, inclusive - acreditamos que os resultados dessa série são ótimos exemplos, mais concretos, da adaptação das formas para o cenário contemporâneo.

A Lattoog criou vários outros produtos (incluindo móveis inspirados na cultura nacional, principalmente carioca), e ressaltaram para os estudantes presentes no bate-papo a importância de projetar e desenhar valorizando as nossas raízes, a cultura local.  Afinal, projetos bem feitos - como este - contribuem para a cultura, economia e para a sociedade.

Site: http://www.lattoog.com/home/
Blog: http://lattoogdesign.blogspot.com/

15 de setembro de 2011

Brinco de quê?

Você já parou pra pensar em o que é considerado uma joia? Para muitas pessoas, a verdadeira joia é aquela que utiliza materiais preciosos (e que geralmente é cara). Tenho uma opinião bastante particular nesse assunto: para mim, uma joia é aquela peça simbólica que para você tem algum valor. Está mais relacionado ao equilíbrio formal da peça do que aos materiais que ela utiliza.
 

E se você pudesse utilizar qualquer elemento do seu cotidiano, e torná-lo uma joia? Já olhou ao seu redor para ver a quantidade de coisas incríveis que nos rodeiam todos os dias?







A peça - pick up a jewel - é da Fift. Que sirva de inspiração para fazermos também as nossas próprias joias, com soluções simples como esta.

Fonte: http://fift.jp/project/pickajewel/pierce/

14 de setembro de 2011

Escova de dentes ou fonte de água?

Projetos experimentais são sempre muito interessantes. Talvez pelo fato de não existirem muitas restrições (principalmente de custo), o que nos permite pensar em coisas novas com mais liberdade.

E que o diga Scott Amron, engenheiro elétrico, designer, artista conceitual e fundador do Amron Experimental. E o projeto que queremos destacar é a Fountain Toothbrush. Como o nome diz, é uma escova de dentes e uma fonte de água.

Se você acha que é algo super tecnológico, nada disso! Com uma singela modificação no desenho "clássico" das escovas de dentes, ela pode direcionar a água diretamente para a boca de quem a está utilizando de maneira funcional e divertida.




E porque nós gostamos dela? Bem, todos adoram uma fonte de água! E além disso, ela elimina a necessidade de copos (descartáveis ou de vidro) na hora de escovar os dentes. Lógico que a maioria das pessoas simplesmente faz uma conchinha com a mão para levar a água até a boca, mas o interessante é ver que um costume pode ser modificado com um bom produto.




O legal é que essa escova de dentes quase lúdica pode estimular as crianças a escovarem seus dentes (sabemos que não é algo muito fácil). E uma das tarefas do designer é facilitar e deixar as atividades mais divertidas e prazerosas, concordam?


Este produto ganhou alguns prêmios de design - dentre os quais o Red Dot de 2007. Sabe o que os jurados disseram? Que a Fountain Toothbrush lembrou o mais primitivo poder do design: criar maravilhas quando elas não são esperadas. 


Site: http://www.amronexperimental.com/index.html

4 de setembro de 2011

A saga do roupeiro

Faz um tempo que não aparecemos por aqui... Mas certamente vocês vão compreender a situação. Desde semana passada estávamos envolvidos na minha mudança de apartamento (afinal, início de mestrado, os livros começaram a tomar um bom espaço e o quarto já não era suficiente). Mas agora está tudo resolvido, e nosso apartamento novo (onde moram eu e duas amigas) é super aconchegante.

Enfim, este post é para um móvel em especial: o roupeiro. Desde que decidi me mudar, comecei minha busca por um roupeiro que me agradasse. Pesquisei em sites, briques, lojas. Minha busca durou por 15 dias, e nada do escolhido aparecer. Mas afinal, o que tanto eu queria nesse roupeiro?

Bom, como designer de produto recém formada, e com convicções muito fortes sobre o que é design de qualidade (o que para mim envolve principalmente a questão ecológica) não queria me render aos roupeiros baratos e descartáveis feitos de aglomerado. Porque? Pois além de não em agradarem esteticamente, possuem arestas cortantes, espaços mal divididos, são fabricados para não durar e são donos de uma falta de personalidade incrível. Buscava um móvel durável, com história, nem que para isso eu precisasse gastar um pouco mais.

Por três dias, meu roupeiro foram caixas de papelão. Por  três dias, andei por horas seguidas entrando em todas as lojas que encontrava no caminho (e o Leonardo acompanhando tudo, de bom humor). E achei roupeiros maravilhosos... que ou eram muito grandes, ou muito pequenos, ou muito caros para a situação atual, ou então eram os seriados-sem-personalidade roupeiros de aglomerado com lâminas marfins ou brancas.

Mas os ideais em que acredito falaram mais alto, e depois de encontrar o roupeiro perfeito em um brique (não fosse o preço e uma restauração mal feita...) vi que meu caso tinha solução. Umas quadras a mais, e encontrei (para alegrar ainda mais meu sábado ensolarado) o mesmo roupeiro, com preço mais acessível e na sua cor original!

Ok, chega de falar. Aí está a foto do escolhido!


E a cara de faceira, limpando o roupeiro (que estava mofado, e muito sujo!). Lógico que tive ajuda do Leonardo :)


E aqui, uma visão de como está ficando o quarto... Aquela peça descascando do lado do roupeiro é uma sapateira, que vai passar por uma transformação logo logo. E a estante de caixotes também!


O que acharam do escolhido? Valeu a pena ter procurado?